Mulheres...

Escolhas  Tania M. E. Porto (9 de julho 2016)

Vou por ai, ou por aqui?

Me atrevo a caminhar ou a correr?

Compro uma bicicleta ou um patins?

Sigo pela estrada esburacada

ou procuro outro caminho?

Decido por João

ou por Maria?

Faço o trabalho

 ou leio o livro?

Atravesso a rua

ou espero o outro?

Dúvidas,

decisões,

opções que me conduzem a

lugares,

pessoas,

situações distantes do conformismo,

mas próximas da ousadia

e da experimentação.

                                                          E a vida segue  Tania M E Porto

Uns vem, outros vão.

A vida segue.

Uns entram, outros saem.

É a vida.

Uns choram outros riem.

E a vida vai.

Uns amam, outros odeiam.

É a vida de sempre.

Uns vivem, outros morrem.

É a vida que sempre segue.

Não mexe na paisagem  (Tania, Cassino/RG.2005)

Uma mulher,

uma bicicleta

e o mar.

Um idílio amoroso

compondo uma paisagem.

Uma elevação

que transborda emoção.

Um triângulo harmonioso

num dia iluminado.

Luz do sol,

luz do mar

luz na mulher.

Luzes que se completam

numa viagem sem volta.

Em caminhos de beleza,

não há voltas sem tristeza.

Em caminhos de alegria,

em caminhos de elevação,

a busca da sabedoria e

o transbordamento da emoção.

Não mexe na paisagem!

Paisagem idílica.

Paisagem iluminada.

Paisagem de naturalidades

em comunhão com divindades,

em busca da felicidade.

Quem é Ela? 

Daniela Pedra Mattos (2014)

Ela nasceu em meio a Banda

Ao toque da bateria e do violão

Menina peralta, ao som do acordeom.

Construiu caminhos em meio aos livros e as coisas do coração.

Os saberes criaram asas e aprenderam a aprender

Caminhou longe e foi bem querer de muitos corações.

A menina rosa mulher desabrochou.

A semente germinou e num broto se transformou...

A singela professora em grande mulher se edificou...

Com muitas experiências, pontos sem reticências, muitas certezas e determinações...

Grande mulher de belas canções.

A universidade abraçou e lutou com afinco, não fracassou.

Em grande mestre se transformou

Desabrochando como bela flor na segunda primavera.

Ah! Que bela espera o tempo contemplou.

Da singela professora, à Mestre e orientadora

O caminho se refez

Os pontos finais abriram espaço para as interrogações

As determinações transformaram-se em incertezas...

Enfim, a grande beleza emergia da alma...

Sem pressa, com imensa calma, nascia uma nova mulher.

Ensinando, aprendendo...

Amando e vivendo.

Saboreando as estações

A mulher, flor menina, despertou entre as primaveras.