Cenas da vida Tania Porto
Cena um: o amor
Então
você veio,
me
bagunçou,
me
amou,
me
espalhou.
E
agora..
O
que faço
com
o que sobrou de mim?
Cena dois: a dor
Doeu
desocupar
a casa.
Ainda
dói
ver
o vazio que ficou,
ver
as coisas pelos cantos perdidas.
Ver
as sombras dos
ritmos,
formas
e
alegrias.
Cena três: o esquecido
Um
cavaquinho esquecido
calado,
triste
e
abandonado.
Já
não alegra mais
Já
não faz choro
nem
faz o samba sambar
Até
que ele implora:
Alguém
venha me tocar !!!!
Cena quatro: a esperança
Um
dia
a
tristeza não mais
me
encontrará
E
eu, de pé,
sairei
cantando.
Minha casa fala
Tania Maria Esperon Porto
O que
a casa diria
se
eu abrisse suas portas
e nela
deixasse entrar
o
sol, o vento, o mar?
O
que a casa diria
se
eu fechasse suas janelas
para
as pessoas, a música e a luz?
O
que a casa diria
se
soubesse que
dela
quero me afastar?
Diria:
- Não
me deixes,
faço
parte de tua vida!?
OU
Diria:
- Vai
e busca outra casa,
abre
portas e janelas
para
esperançar!!!
E
- Não
esqueças:
sou
espaço de encontros,
descobertas,
choros
e risos.
Casa onde vivi muitos anos de minha vida em RG/RS |
Tania M. E. Porto (17/10/2014)
Um olhar sobre as casas faz a gente espiar suas janelas.
Janelas que falam de famílias, lugares, histórias.
Histórias de gentes que se debruçam e olham para si.
Histórias de gentes que espiam e voam para fora.
Janelas para dentro e pra fora
.
Cada janela uma imagem.
Imagem de sol, mar, cidade, gente, paisagem.
Cada janela uma época, um tempo, uma história.
Cada janela uma ilusão,
uma alegria,
uma tristeza e nostalgia.
Cada janela um momento de VIDA
Cada VIDA um caminho que se estende
para além de si, para além das janelas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário