sábado, 28 de março de 2015

Janelas de Si

Cenas da vida  Tania Porto 

Cena um: o amor
Então você veio,
me bagunçou,
me amou,
me espalhou.
E agora..
O que faço
com o que sobrou de mim?

Cena dois: a dor
Doeu
desocupar a casa.
Ainda dói
ver o vazio que ficou,
ver as coisas pelos cantos perdidas.
Ver as sombras dos
ritmos,
formas
e alegrias.

Cena três: o esquecido
Um cavaquinho esquecido
calado,
triste e
abandonado.
Já não alegra mais
Já não faz choro
nem faz o samba sambar
Até que ele implora:
Alguém venha me tocar !!!!

Cena quatro: a esperança
Um dia
a tristeza não mais
me encontrará
E eu, de pé,
sairei cantando.


Minha casa fala
               Tania Maria Esperon Porto

O que a casa diria
se eu abrisse suas portas
e nela deixasse entrar
o sol, o vento, o mar?

O que a casa diria
se eu fechasse suas janelas
para as pessoas, a música e a luz?

O que a casa diria
se soubesse que
dela quero me afastar?

Diria:
- Não me deixes,
faço parte de tua vida!?

OU
Diria:
- Vai e busca outra casa,
abre portas e janelas 
para esperançar!!!

E
- Não esqueças:
sou espaço de encontros,
descobertas,

choros e risos.
Casa onde vivi muitos anos de
minha vida em RG/RS






As janelas

Tania M. E. Porto (17/10/2014)

Um olhar sobre as casas faz a gente espiar suas janelas. 
Janelas que falam de famílias, lugares, histórias.
Histórias de gentes que se debruçam e olham para si.
Histórias de gentes que espiam e voam para fora.

Janelas  para dentro e pra fora .

Cada janela uma imagem.
Imagem de sol, mar, cidade, gente, paisagem.
Cada janela uma época, um tempo, uma história.
Cada janela uma ilusão,
uma  alegria,
uma  tristeza e nostalgia.
Cada janela um momento de VIDA
Cada VIDA um caminho que se estende
para além de si, para além das janelas.

























Nenhum comentário:

Postar um comentário